Recentemente, o cardiologista mineiro Antônio Luiz Pinho Ribeiro foi eleito um dos 100 mil cientistas mais influentes do mundo, de acordo com um estudo da Universidade de Stanford publicado em outubro na revista estadunidense Plos Biology. O professor da Faculdade de Medicina da UFMG, que também atua como Coordenador de Pesquisa e Inovação no Hospital das Clínicas, figura na lista ao lado de 28 pesquisadores da universidade, dentro de um grupo de 600 brasileiros. Para ele, o título vem em um momento histórico para o papel da pesquisa científica no mundo.
“O que me surpreendeu não foi o impacto do trabalho em si, já que algumas ferramentas nos dão uma ideia do alcance das produções científicas, mas a repercussão que isso teve na sociedade, mídia e entre os colegas de trabalho. Houve uma movimentação muito grande, algo que enxergo de maneira muito positiva”, comenta Antônio, cuja influência foi reconhecida em duas categorias: nomes mais citados em projetos científicos de 2019 e impacto das citações ao longo de toda a carreira. Para chegar ao resultado, o levantamento teve como base o Scopus, maior banco de dados de resumos e citações de publicações acadêmicas.
“Nós vivemos um tempo excepcional, em que a humanidade passou a depender da ciência e a área de saúde para dar respostas rápidas aos problemas da pandemia. Se não há uma massa crítica de pessoas com habilidades técnicas, expertises e dedicação, você não consegue responder às demandas da sociedade atual por saúde, meio ambiente e segurança. Como tudo isso depende do conhecimento, ver sua valorização talvez tenha sido o que mais me deu satisfação durante esse episódio. Esse reconhecimento é essencial”, compartilha.
Destaque duplo
O reconhecimento não foi o único obtido pelo profissional nos últimos meses. Isso porque, em novembro, Antônio representou o Hospital das Clínicas da UFMG durante a entrega do Prêmio Mérito SBC 2020 — que homenageia destaques da especialidade pelos serviços prestados à cardiologia brasileira. No evento, que aconteceu na sede da SBC no Rio de Janeiro, o centro médico foi premiado na categoria Assistência à Saúde principalmente por suas contribuições ao Programa Telessaúde.
“Mesmo com todas as limitações de um hospital público, nós conseguimos fazer coisas diferentes dentro do Hospital das Clínicas. É importante que as pessoas saibam que a excelência em saúde pode ser atingida dentro de estruturas públicas, que não são necessariamente engessadas, lentas ou burocráticas, mas podem ser ágeis e eficientes. Tudo depende de como as coisas são feitas, não onde são feitas”, finaliza.
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