Nos dias 30 de junho, 01 e 02 de julho a capital mineira recebeu cardiologistas de toda Minas Gerais para unir conhecimento e prática clínica
Com a presença de aproximadamente 500 inscritos, entre cardiologistas, residentes, acadêmicos de medicina, médicos de outras especialidades e outros profissionais de saúde, a 31ª edição do Congresso da Sociedade Mineira de Cardiologia (SMC) foi realizada em Belo Horizonte de 30/6 a 2/7 de 2022. Depois de dois anos sem acontecer presencialmente, o Congresso conseguiu unir as trocas científicas entre palestrantes e congressistas, tão importantes para a educação continuada do cardiologista, com os encontros sociais entre colegas, importantes para o crescimento pessoal e profissional dos participantes.
O Congresso foi também um momento de reafirmar o compromisso da SMC com seus sócios. De maneira inédita, a instituição garantiu gratuidade aos sócios quites em um Congresso estadual presencial, assim como tem sido feito nos Simpósios Regionais e de Especialidades e nos eventos online dos últimos anos, em Minas Gerais. O objetivo, de acordo com a diretoria da SMC, é valorizar o cardiologista mineiro, principalmente os que acreditam no poder da união e do associativismo.
Conselheiros da SBC
A participação dos membros do Conselho Administrativo da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) foi um marco para o Congresso da SMC. Em sua fala na Solenidade de Abertura, o cardiologista João Fernando Monteiro Ferreira, presidente do Conselho, exaltou iniciativas como o 31º Congresso. Para ele, as sociedades médicas vivem uma crise, com diminuição de sócios. “E qual deve ser nossa resposta? Realizar eventos como esse, que difundem conhecimento com valor científico, difundindo, portanto, melhor qualidade assistencial”, disse o presidente.
Além do presidente do Conselho Administrativo da SBC, estavam presentes na Solenidade de Abertura o presidente da SMC, Antônio Fernandino de Castro Bahia Neto, a presidente do 31º Congresso SMC, Maria do Carmo Pereira Nunes, o diretor científico da SMC, Henrique Patrus Mundim Pena, a presidente do CRMMG, Ivana Raimunda de Menezes Melo, e o diretor de assuntos do interior da AMMG, Lincoln Lopes Ferreira.
Homenageados
A Solenidade de Abertura foi um momento de homenagens. O grande homenageado do evento foi o cardiologista de Varginha, Armando Martins Pinto, que recebeu das mãos do presidente da SMC uma placa em referência aos serviços prestados à cardiologia de Minas Gerais. Uma homenagem surpresa foi feita para a presidente do Congresso. Conhecida carinhosamente como Carminha, a professora e pesquisadora da UFMG foi também agraciada com uma placa entregue por Henrique Patrus.
Destaques da Programação
Foram três dias de evento, três salas simultâneas, mais de 100 professores e uma intensa programação científica. Conferências, mesas redondas, colóquios, sessões científicas, apresentações de casos clínicos e simpósios fizeram do evento um dos maiores e mais completos congressos de cardiologia do Brasil. Os destaques ficam por conta dos Simpósios Internacionais com a Duke University e o Capítulo do Texas do American College of Cardiology e as atividades em conjunto com a SBC e a Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI).
Um dos mais importantes pesquisadores da atualidade, o cardiologista Renato Lopes, define o Simpósio SMC-Duke University como um sucesso. “Estamos na terceira edição do Simpósio e podemos apresentar temas importantes da cardiologia, escutando as perspectivas americana e brasileira para tentar achar a melhor aplicabilidade na prática clínica do nosso paciente”, comentou.
Outra presença importante no Congresso foi a do cardiologista Otávio Berwanger, diretor do Academic Research Organization (ARO) do Hospital Albert Einstein, que vem contribuindo com a SMC ao longo dos últimos anos em inúmeros eventos científicos.
Com objetivo de apresentar os principais highlights do evento, o diretor de comunicação da SMC, Marconi Gomes, fez entrevistas com palestrantes que podem ser assistidas no YouTube da SMC.
Temas livres
No encerramento do Congresso foi anunciada a premiação dos Melhores Temas Livres orais apresentados no evento. Em segundo lugar foram agraciados dois trabalhos: “Análise das alterações histopatológicas que potencialmente contribuem para o risco de ruptura da valva mitral durante a valvoplastia mitral percutânea” e “Impacto da fibrilação atrial no remodelamento do átrio esquerdo após valvoplastia mitral percutânea: análise pelo ecocardiograma tridimensional”.
O tema livre “Mortalidade Cardiovascular no Brasil Durante a Pandemia de COVID-19: Comparação entre Análise de Causas Básicas e Múltiplas de Morte”, foi premiado em primeiro lugar.
Dever cumprido
Ao final, a presidente do Congresso, Maria do Carmo Pereira Nunes, definiu a experiência como um trabalho agradável e leve, com sensação de dever cumprido. Para o diretor científico da SMC, Henrique Patrus, foi um momento em que todos puderam praticar olhar não só para dentro da Sociedade, de Minas Gerais e do Brasil, como também para o interior das pessoas. “Encontramos colegas e esse contato foi maravilhoso”, disse Patrus. O presidente da SMC, Antônio Bahia, encerrou o Congresso extremamente realizado: “Juntos fazemos o que mais gostamos e crescemos com ser humano e sociedade. Aqui, conseguimos integrar e congregar os cardiologistas para difundir ciência”.
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