Sociedade Mineira de Cardiologia alerta para os riscos das doenças cardiovasculares, principais causas de morte em todo mundo

Criado em 2005 para chamar atenção da população dos problemas em decorrência do alto nível de colesterol no sangue, o Dia Nacional de Controle do Colesterol  tem como objetivo conscientizar e prevenir as doenças cardiovasculares. Segundo números da Organização Mundial de Saúde, em 2015 cerca de 30% dos óbitos no mundo são decorrentes dessas doenças e dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia apontam que 60 milhões de brasileiros têm colesterol elevado.

Por esse motivo, 8 de agosto é uma importante data do calendário de campanhas de incentivo às práticas saudáveis e de valorização à saúde no país. Este ano, porém, por causa da Covid-19 a Sociedade Mineira de Cardiologia não irá promover a campanha de conscientização que todo ano realiza na capital mineira.

No entanto, a instituição alerta sobre o tema que é de fundamental importância para a saúde. O controle do colesterol realizado via exames de sangue periódicos, a prática de exercícios físicos, o controle de peso para evitar obesidade e a alimentação balanceada fazem parte das ações para o controle do colesterol. O estilo de vida saudável deve ser inserido no cotidiano das pessoas, principalmente nesta época de pandemia, onde, com o isolamento social, a tendência das pessoas é o relaxamento.

Muita gente tem receio do colesterol alto, mas nem sempre essas pessoas sabem o que ele significa. O colesterol é um conjunto de gorduras produzidas pelo próprio organismo que exerce papel importante na produção de determinados hormônios, na formação de membranas celulares e na produção de vitamina D pelo corpo. Ele também é responsável pela produção de sais biliares, bem como na composição de células do sistema nervoso.

O colesterol é essencial, desde que suas taxas estejam regularizadas e existem dois tipos: o HDL, o de alta densidade,  o conhecido “colesterol bom”, e o LDL, de baixa densidade,  denominado “colesterol ruim”, além dos triglicérides, que também produzem gorduras.  Caso o nível de gordura desses componentes ultrapasse  a normalidade, mantendo-o em elevação, o surgimento de doenças cardiovasculares é iminente, provocando mortes.

A maioria das condições de elevação do colesterol e/ou triglicérides decorre da associação do efeito de vários genes com o meio ambiente. Entretanto, algumas doenças e/ou uso de medicamentos, também podem estar envolvidos, destacando diabetes mellitus, obesidade, uso de corticosteroides e esteroides anabolizantes, como também o alcoolismo. E há ainda o fator genético.  As alterações decorrentes da aterosclerose podem ser identificadas muito antes do surgimento de sintomas relacionados às suas consequências, ainda na infância, decorrentes de herança genética e muitas vezes, sem sintomas, o que poderá vir a ocorrer somente na fase adulta.

O descuido na falta de controle facilita o acúmulo de colesterol nas artérias levando ao surgimento de insuficiência circulatória, precipitando angina, infarto no coração, acidente vascular encefálico (derrame) e insuficiência renal, que em fase adiantada, leva a necessidade de hemodiálise e até transplante renal.