Cardiologistas da SMC têm artigo publicado em periódico internacional

Os cardiologistas associados da Sociedade Mineira de Cardiologia, Luisa C.C. Brant, Antônio H. Ribeiro e Marcelo M. Pinto-Filho tiveram o artigo Association Between Electrocardiographic Age and Cardiovascular Events in Community Settings: The Framingham Heart Study publicado no periódico Circulation: Cardiovascular Quality and Outcomes. A revista publicada pela American Heart Association tem seu grande reconhecimento pela criteriosa revisão realizada por pares. Sua importância para a cardiologia reside na publicação de pesquisas originais e revisões relacionadas à qualidade e aos resultados cardiovasculares baseados em evidências científicas.

O artigo descreve o estudo que avalia a idade-eletrocardiográfica estimada por aprendizado de máquina como marcador de risco para eventos cardiovasculares independente no estudo de Framingham.

Segundo a cardiologista Luisa Brant: “este estudo mostrou que um algoritmo desenvolvido por aprendizado de máquina no Centro de Telessaúde do Hospital das Clínicas da UFMG foi capaz de detectar a idade de um indivíduo através do traçado do eletrocardiograma (ECG). Ainda mais importante, observamos que quando a idade de um indivíduo estimada pelo ECG por este método é maior em oito anos do que a idade real deste indivíduo, este achado está associado a eventos cardiovasculares adversos como infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, fibrilação atrial e até morte de causa cardiovascular, ou seja, é um marcador de risco cardiovascular. Essas associações foram observadas em participantes do estudo de Framingham, que é um dos estudos mais importantes da Cardiologia preventiva, com o qual nosso grupo de pesquisa trabalhou em parceria”.

A grande contribuição da pesquisa é demonstrar que a ferramenta simples e disponível amplamente, como o eletrocardiograma, pode ter aplicações ampliadas pela inteligência artificial. “Estudos adicionais são necessários para mostrar se esses achados poderão contribuir para facilitar a estratificação de risco cardiovascular. Além disso, este estudo mostra uma parceria de sucesso da ciência brasileira na área de inovação com pesquisadores internacionais”, avalia Luisa Brant.

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